quinta-feira, 12 de março de 2009

Llama e as notícias sem importância.


A vida por si só já é uma piada, mas existem pessoas que contribuem para ela ficar ainda mais divertida. Costumo ler as páginas "home"(principal) de diversos sites que falam de tudo, a maioria das notícias contidas nessas páginas não teem(ler Llama e as novas regras ortográficas da língua portuguesa) nenhuma importância.
Uma dessas notícias dizia que Suzana Vieira(atriz de novelas com idade superior a 50 anos) estava saindo com um rapaz com menos da metade da idade dela(sem importância nenhuma a notícia). Daí domingo passado dia internacional da mulher no programa "Altas Horas da tv Globo", a mesma Suzana Vieira, estava como convidada do programa respondendo perguntas e tal, como de praxe. Com Suzana Vieira ainda no palco chegou a vez de um quadro do programa chamado "Sexo com Laura Muller", calma! Não é bem isso que você está pensando. Para quem não conhece o quadro, é basicamente um tira dúvidas (as pessoas presentes: plateia, convidados, telespectadores pela internet, Serginho Groisman fazem perguntas) sobre sexo com a psicóloga("sexóloga") Laura Muller(ela apenas responde, não faz demonstrações e não cita nomes,), mas enfim, quando o apresentador Serginho Groisman abriu a seção de perguntas para o pessoal da plateia(ler Llama e as novas regras ortográficas da Língua Portuguesa), um cidadão com idade aproximadamente de 18 anos pede a palavra e solta a seguinte pergunta para Laura Muller, com a Suzana Vieira presente(vale a pena ressaltar): É explicado o porque que as mulheres mais velhas se interessam por homens mais jovens?(Um cara de 18 anos pra fazer uma pergunta dessa de duas uma: ou ele vive recenbendo cantadas de mulheres mais velhas do que ele( e ele não gosta) ou ele estava tirando onda com a cara da Suzana Vieira, eu fico com a segunda opção, me identifiquei com ele). A edição do programa foi camarada com a Suzana Vieira e não mostrou a imagem dela no instante depois da pergunta, mas aquela pergunta(piada) foi extraordinária(as melhores piadas são as verdades sobre as pessoas). A sexóloga(nada contra ela) apazigou a situação(com jargões: cada um é cada um(?), etc...) e aquele assunto morreu ali.
Uma outra notícia sem "importância"(está entre aspas, pois tem lá sua importância) envolveu o fato dos filhos de Jaime Monjardim(diretor de teledramaturgia) interpretarem ele(Jaime Monjardim; criança e jovem) na minissérie(ler Llama e as novas regras ortográficas da Língua Portuguesa) "Maysa Quando fala o coração", cujo o mesmo foi o diretor da mesma(entendeu?). Daí como a minissérie foi polêmica e tal( eu não assisti!), Jayme Monjardim fôra entrevistado pela revista "Veja", e a reportagem saiu nas páginas amarelas da mesma(lugar da revista que contém sempre uma entrevista). Como eu não estava fazendo nada e a revista "Veja" tem seu conteúdo quase todo baseado em propaganda, não tinha sobrado muita coisa pra ler, logo fui ler as páginas amarelas(elas estão sempre bem no começo da revista, só que era o Jayme Monjardim o entrevistado, pra você ter ideia ele trocou o nome dele, de Matarazzo para Monjardim se fosse Jayme Matarazzo talvez eu teria me interessado de cara).
Como previsto, a entrevista estava um saco, a repórter(nada contra a repórter) só perguntava coisas já respondidas na introdução da reportagem(quase não terminei de ler a entrevista) até que faltando só uma ou duas perguntas(a cada pergunta eu contava quantas ainda faltavam) a repórter na buxa perguntou: "O fato dos seus dois filhos trabalherem nessa minissérie interpretando o Sr.(Jaime Monjardim), não se constitui um caso de nepotismo ?E levando em conta o quanto que a mídia critica políticos por fazerem algo parecido, vindo da mídia(minissérie) não seria também hipocrisia?"(Vrraaauuu!) A resposta dele na revista não tinha nenhum Ah. Essa, essa. Cá, cá(gaguejo), mas aposto que ele guaguejou, e deu uma resposta que não convenceu nem os seus filhos que fizeram os papéis na minissérie, que segundo ele, os filhos fizeram testes para os respectivos personagens junto com vários outros atores.
No final das contas se uma notícia estranha como "anão vestido de palhaço mata oito na Croácia" (http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=2599389) correr sobre seus olhos leia(esporadicamente), pois as notícias sem importância apesar da falta de importância, elas no mínimo te deixarão com a falsa impressão de conhecimentos ecléticos(armazenamento de cultura inútil), mas talvez você fique por dentro de algumas piadas e paradoxos do nosso cotidiano que não damos importância.




terça-feira, 3 de março de 2009

Pra quê complicar?



Passei os últimos dias pensando no que escrever por aqui. O que acabou vindo em mente pode ser um assunto que, aparentemente, parece repetitivo e provavelmente já foi discutido por todos nós. Apesar disso, acabei me sentindo motivado a escrever a respeito dele, devido às implicações que ele tem para o futuro do país.


Nas próximas semanas o Senado votará a favor ou contra o sistema de cotas raciais nas universidades federais brasileiras. O projeto regula a distribuição de vagas nas universidades de forma a incluir negros, pardos, índios e (como se isso fosse raça) pobres. A princípio, uma fatia de 50% das vagas das universidades seriam destinadas para negros, pardos e índios na mesma proporção em que eles aparecem na população de cada estado. Porém, como acharam que estariam sendo injustos, visto que negros, pardos e índios não estudam apenas em escolas públicas, acabaram acoxambrando o projeto, fazendo com que metade dessa fatia (25% do total de vagas oferecidas pelas universidades) deveria ser destinada à pessoas que comprovassem renda per capita familiar de até 1,5 salários mínimos.


O projeto já foi aprovado na Câmara dos Deputados, o que me faz crer que pelo menos 50% dos nossos deputados não têm a menor ideia do que a nossa Constituição, a priori, garante. Seriam estabelecidos direitos distintos para diferentes cores de pele, fazendo com que a deusa Iustitia perdesse a venda que lhe cobre os olhos e, consequentemente, sua imparcialidade.


Além da inconstitucionalidade do projeto, a situação gerada pelo mesmo causaria mais problemas do que soluções. O primeiro problema é óbvio, basta olhar a foto. As cotas acentuariam mais ainda o racismo e a discriminação, seja dentro das universidades, seja fora delas ao procurar algum emprego. Além do mais, sabemos que cientificamente o conceito de raça caiu em descrédito e sabemos muito bem o que o ingresso de pessoas não qualificadas numa universidade causaria. O objetivo do vestibular é o mesmo que o de uma peneira: Os capacitados passam, os incapacitados não. Simples assim. Não vale a pena complicar as coisas. Para preencher as vagas, serão admitidas pessoas menos capacitadas, dando adeus ao mérito pessoal, diminuindo a qualidade do ensino superior e muito provavelmente a produção de conhecimento.


Acho que para qualquer pessoa que tenha um pouco de instrução, a ideia de um investimento pesado e à longo prazo em educação é tão óbvia quanto boa. Mas sabemos que se isso começasse hoje, ainda assim, apenas a próxima ou quiçá a segunda geração após a nossa se beneficiaria com tais mudanças, causando uma certa injustiça com a atual e talvez a próxima. É um preço válido a ser pago pelos muitos anos de falta de cuidado com a educação do país e melhor do que se simplesmente colocassem cotas apenas para pessoas pobres e apenas durante essa próxima geração, enquanto tentassem consertar o cenário educacional atual, principalmente porque todos nós sabemos que o governo não manteria tais cotas apenas por uma ou duas gerações. Por sinal, o cenário atual está muito, mas muito feio. Em dezembro, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo realizou uma prova (noticiada desde maio!) para avaliar a competência de professores temporários da rede pública e acabou que 1500 deles tiraram ZERO na prova. Isso mesmo, não conseguiram responder UMA questão correta sequer, mostrando o quão fundo é o poço, mas essa já é outra discussão...




... Ah, os 1500 professores vão sim, dar aulas em 2009.