segunda-feira, 27 de abril de 2009

Vote Obama para Messias...


Não é um pássaro, nem um avião, nem um idiota que voa e veste a cueca por cima das calças, é Barack Obama, seu candidato a messias deste século.


Algumas pessoas têm o estranho hábito de estar no lugar certo, na hora certa. Essa incrível habilidade não é dividida apenas por Peter Parker, pelo atacante Tuta e por aqueles torcedores gordinhos do beisebol que sempre pegam a bola que vai para arquibancada. Todos nós que assistimos aos acontecimentos do século 21 somos privilegiados. Do 11 de setembro, passando pela guerra do Afeganistão, pela deposição do lendário ditador Saddam Hussein, diversas catástrofes naturais, incríveis avanços tecnológicos e científicos, a merecida queda do Corinthians para a “segundona” e seu prematuro retorno, a morte da Dercy Gonçalves, Rubens Barrichello sendo considerado candidato ao título da F1, em outras palavras, estamos “vivendo” o que os livros de história contarão dentro de alguns anos. De todos esses eventos marcantes gostaria de destacar a eleição do primeiro presidente negro dos EUA. Barack Hussein Obama II é o quadragésimo quarto presidente da maior potência econômica mundial, eleito com uma incrível e emocionante aclamação popular. Sua vitória foi comemorada nos mais diversos e inusitados cantos do mundo, por pessoas extremamente distantes da realidade estadunidense. Digo, pessoas choravam e gritavam o profético slogan de campanha: “Change, we can believe in!”, mesmo estando milhares de quilômetros de qualquer território estadunidense e sem nenhuma ligação com tal país. E mesmo sem fazer uso da imagem de “futuro primeiro presidente negro”, Obama se tornou o queridinho da América, da Europa, da Ásia, da África, da Oceânia e de todos os outros territórios do tabuleiro de WAR. Ele fez viagens internacionais e pronunciamentos antes mesmo de eleito. É como se uma antiga profecia se cumprisse. O “messias” está chegando!

Para tornar ainda mais dramático o enredo pseudo-bíblico da trajetória de Obama, o mundo se encontra na maior crise econômica desde 1929. Montadoras de carros que pareciam firmes como Rocky Balboa, jogando a toalha e pedindo esmolas milionárias ao governo. Imobiliárias e bancos centenários declarando falência, em todo o mundo, um alvoroço nunca antes visto. O mundo está globalizado e as crises também. Quem se preparou para uma marolinha que me desculpe, mas esse tsunami parece estar longe do fim! Sorte nossa, para nos salvar de todo esse mal, lá está ele: Obama. Todos os telejornais, revistas e blogs de notícia acompanham os passos do presidente dos EUA. Cada pronunciamento, cada fala casual, cada sorriso é uma manchete. Nada escapa! Um breve comentário sobre o Lula e pronto, já nasceu mais um personagem de South Park. Com ele não tem talvez! O presidente Obama emplaca um sucesso atrás do outro. Seja em uma troca de cortesias com Hugo Chavez ou em um anti-protocolado abraço na Rainha Elizabeth, Barack Obama é o centro das atenções, com uma visibilidade e credibilidade comparável a da falecida Princesa Diana. O mundo espera dele mais que um governo exemplar e memorável. É como se a salvação dependesse de darmos ou não valor as suas decisões. E é aí que eu faço uso da história e do conceito judaico de messias. Há muito o povo judeu espera por seu salvador, o herdeiro de Davi, que reunirá todos os povos em um só rebanho e a paz reinará. Os cristãos, que não são bobos nem nada, não esperam por mais ninguém (a não ser que ele resolva voltar!). O messias já veio: era Jesus, que fez o que devia e retornou ao reino dos céus. Outras religiões têm seus profetas, salvadores e iluminados todos com os mesmos “superpoderes”. Em um mundo desacreditado e carente de heróis como o nosso, a figura de Obama, advogado e político negro (características que separadamente já lhe renderiam o destino cruel da forca e uma vaga no Tártaro) surpreendentemente tomou lugar de destaque e alimentou uma profunda renovação da esperança no futuro. Não cabe a mim, dizer se ele é ou não “o escolhido” (mesmo por que Keanu Reeves não convenceu ninguém). Apenas relato aqui a minha visão dos fatos estampados em todos os jornais e revistas. O mundo clama por Obama! Por isso já início aqui uma campanha: Vote Obama para Messias e é claro, Lula “o cara”, para vice!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Liberdade de expressão, deixa eu falar filho da p...


Aí está um excelente exemplo de uso da liberdade de expressão, realizado pelos alunos de Vila Velha (ES). Esses alunos obviamente não têm condições de ficar na escola, como bem diz a faixa, e tem total direito de "demonstrar" isso.


Durante muito tempo busquei um assunto sobre o qual escrever neste blog e fui cobrado por isso. Mas a primeira linha, nesse caso o primeiro artigo, é sempre mais difícil. Depois de muito labutar, por semanas, sobre as idéias e as notícias corriqueiras do dia-a-dia, não cheguei a lugar nenhum. Apelei então para a filosofia e decidi escrever um texto sobre os próprios textos. Mais especificamente sobre os textos publicados na internet e a liberdade que temos para escrever todo tipo de asneira, sem o menor pudor. Isso faz deste texto um exímio exemplar da tautologia, algo que se explica, que “digere” a si mesmo (o que em algumas culturas é conhecido como autofagia, mas que não vem ao caso no momento).

Desde o início dos tempos o homem utiliza as mais diversas formas para se comunicar. Sons guturais, gritos, rabiscos, sinais de fumaça, qualquer coisa serve, de textos científicos a letras de funk. Do ponto de vista do autor, tudo é lindo (já diria Caetano). Coitado de quem lê ou ouve essas coisas que circulam por aí. Vez ou outra alguém se sente incomodado, ofendido ou simplesmente exposto pelo que está sendo veiculado e, se esse alguém tem poder suficiente, entra em cena nossa estrela nacional: a censura! Todos nós sabemos o quão importante ela foi (ou será que ainda é ?) para nossa história e como ela influenciou toda uma geração a pensar de forma suficientemente inteligente para nunca ser completamente compreendida (como esta frase, por exemplo!). Houve um tempo em que palavras como “igualdade”, “democracia”, “ditadura” e outras cositas más eram seguidas de um grito de “Subversão! Tá todo mundo em cana!”. E o pessoal da farda dava um cacete bacana nos arruaceiros, mesmo que eles não fossem arruaceiros per se. O fato é que hoje nós vivemos em outros tempos. Qualquer animal (inclusive eu ou você) pode falar e escrever qualquer bobagem e espalhar por aí, sem ter que se preocupar muito com as conseqüências. Para os mais receosos, basta se prevenir: levante a mão direita e diga “eu estou fazendo uso da minha liberdade de expressão” e pronto! A partir de agora você não pode mais ser processado (palmas para João Macedo).

Que bela invenção essa tal “liberdade de expressão”. Está aí a Wikipédia que não me deixa mentir: “Liberdade de expressão é o direito de manifestar livremente opiniões, idéias e pensamentos. É um conceito basilar nas democracias modernas nas quais a censura não tem respaldo moral”. Viu só, todo mundo pode fazer uso desse artifício, numa “democracia moderna”, claro! Aliás, nosso exemplo maior, o líder supremo dessa nação, o “cabeça”, o chefe, o patrão, Excelentíssimo Senhor Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva é um grande incentivador da liberdade de expressão. Ele até fala besteira para que não fiquemos com vergonha das nossas falhas! Ele até finge que não fala inglês! Ora... que audácia a minha... sua benevolência é tão grande que ele faz questão de errar o bom e velho português.
“Lulisses” a parte, faça bom uso da sua liberdade de expressão (ou de neologismos, por que não?). Seja para escrever uma música, a afinação da interioridade (já diria Gil). Seja para escrever um cartaz de protesto ou discursar no encontro da UNE (alguém ainda vai nisso?). Seja pra escrever no blog do seu amigo. Seja para anunciar o vencedor do Big Brother (palmas para o Bial). Seja para simplesmente sacanear o leitor ou os torcedores do “curintias”. Minha liberdade de expressão se desgastou nesse texto... se você não gostou... me escreva e exercite a sua!